A palavra revela a interioridade do homem
(Eclo 27,5-8).
A sabedoria judaica apresenta a palavra como expressão comunicadora daquilo que o homem é ou tem dentro de si mesmo. Ela exterioriza o homem. Torna-o manifesto. Daí o tom proverbial:
Quando se sacode a peneira ficam os restos,
como os defeitos do homem no seu falar.
O forno põe a prova as vasilhas de barro,
a prova do homem está no seu falar.
O fruto mostra o cultivo da árvore,
como a palavra do homem faz conhecer
seus sentimentos (vv.5-8 [vv.4-6]).
Porque o homem se revela pela palavra, não é uma atitude sábia elogiá-lo antes de ouví-lo:
Não elogies a um homem antes de ele falar,
porque esta é a pedra de toque (v.8[v.7]).
b) Paulo conclui a dissertação sobre o modo da ressurreição (1Cor 15,54-58). Para o apóstolo, quando o ser corruptível e mortal se revestir de incorruptibilidade e imortalidade, as Escrituras serão cumpridas: a morte será vencida (vv.54-55).
A vitória sobre a morte é estilisticamente apresentada mediante um hino de triunfo, feito de provocantes ou desafiantes interrogações:
A morte foi absorvida na vitória
morte, onde está a tua vitória?
Morte, onde está o teu aguilhão? (vv.54-55)
Se o aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei (v.56), a vitória sobre a morte inclui a derrota do pecado e da Lei, através de Jesus Cristo (v.57b). Por isso, o apóstolo rende graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo (v.57). Tal doxologia é a exultação dos que tomarão parte na vitória de Jesus. Esta convicção, cheia de esperança, fundamenta a exortação paulina ao empenho:
Sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos
na obra do Senhor, cientes de que a vossa fadiga não é
vã no Senhor (v.58).
c) Em tom sapiencial, Jesus se serve dos recursos da parábola e do provérbio com objetivo ético-comportamental (Lc 6,39-45). Na parábola do cisco e da trave (vv.41-42), Jesus, no estilo de perguntas, utiliza-se com liberdade de provérbios populares:
Pode acaso um cego guiar outro cego?
Não cairão ambos num buraco?
Não existe discípulo superior ao mestre
e todo discípulo perfeito deverá ser como o mestre.
Por que olhas o cisco no olho de teu irmão,
e não percebes a trave que há no teu? Como
podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar
o cisco de teu olho quando não vês a trave em
teu próprio olho?
Hipócrita, tira primeiro a trave de teu olho, e
então verás bem para tirar o cisco do olho de
teu irmão (vv.39-42).
Deste modo simples e direto, Jesus ilustra a obrigação de se imitar a misericórdia e a gratuidade do Pai (v.36), à semelhança do discípulo perfeito que há de ser igual ao mestre (v.40), e confirma a impossibilidade de julgar e condenar (v.37), pois tal atitude se assemelharia a do hipócrita que não tira a trave do próprio olho para ver o cisco do olho do irmão (v.42).
Servindo-se da tradição sapiencial do povo que compara as atitudes da vida à árvore carregada de frutos (cf. Sl 1,3;92[91],13-15; Eclo 24,13-19[18-23]), Jesus ao afirmar que a árvore é conhecida pelo seu fruto (v.43), conclui que o homem bom, do bom tesouro do coração tira o que é bom, mas o mau de seu mal tira o que é mau (v.45). Tal conclusão se baseia no provérbio que a boca fala daquilo que está cheio o coração (v.45), em consonância com a literatura sapiencial em que a palavra exterioriza a bondade ou a maldade do interior do homem (Eclo 27,5-8), assim como os frutos externos visibilizam o tesouro do coração (v.45).
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Presados e amados Irmãos (as )... Deus tem me dado Forças pra mim ir pouco a pouco aprendendo como deixar uma messagem da Palavra de Deus, Pra Você... Caso gostes podes deicar o seu comentario, assim vou poder melhorar este Trabalho. Pra vc e para todo os Outros que passarem por aqui... Obrigada por sua Visita, Votte Breve.Cordialemnte Pastora Graicy Oosterbaan.
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